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APOIOS E PATROCÍNIOS

  • Foto do escritor: Caio Santana
    Caio Santana
  • 5 de dez. de 2023
  • 4 min de leitura

Atualizado: 11 de dez. de 2023

Difícil, mas possível


Ter apoios talvez seja uma das maiores dificuldades de uma miss iniciante, que não é conhecida e nem possui recursos financeiros suficientes para bancar a preparação e participação em um concurso de beleza. Julia Gama teve a experiência e autonomia ao seu lado para manter parcerias e apoios que construiu desde o ano do Miss Mundo que participou.


“Acredito que o que me ajudou foi saber me preparar e colocar no meu contrato que eu teria autonomia para fazer esse trabalho, porque o miss muitas vezes tem grandes talentos e acaba sufocando as meninas com outras prioridades que não a preparação delas ou que não sabem preparar essas meninas como deve ser para elas trazerem a tona o melhor delas. Acredito que essa cláusula no meu contrato foi o que me permitiu me preparar como eu queria, contratar profissionais que eu queria. Eu fiz uma equipe multidisciplinar para mim, com puros apoiadores porque dinheiro não tinha e internacional. Tinha pessoas de diversos países trabalhando nessa preparação tanto na parte de oratória, como de conteúdo, estratégia, mentoria, terapia, psicologia, inglês, passarela, nutrição e alimentação, academia. Eu tinha essa equipe multidisciplinar e eu era a minha mentora nessa preparação que nesse momento eu já sabia como precisava fazer isso”, afirma.


Miss Mundo Brasil 2022, Letícia Frota. Créditos: Reprodução

Para os principais concursos que é franqueado, Henrique Fontes conta com uma aliada importante nos dias atuais, a era digital: “As redes sociais facilitaram muito a questão de parcerias, é uma moeda de troca você dar visibilidade a patrocinadores e apoiadores. Eu te digo que tem muito mais apoiador, aquele que faz permuta, que faz uma troca, do que patrocinador. Estou falando do CNB, a gente depende muito das licenças estaduais, um valor que cada um paga pra gente por ano. No Miss Mundo a gente consegue mais patrocínio de empresa, nos outros tem muito mais a questão de apoio, de troca mesmo”.


Conforme Fontes, as próprias candidatas que disputam seus concursos usam as redes sociais como moeda de troca de divulgação: “Sempre digo que a internet meio que salvou os concursos de beleza. Eles estavam indo para o fundo do poço nos anos 90 e as pessoas se deram conta de que existia um grande público, é segmentado, não é uma paixão mundial. A Nicarágua, que ganhou o Miss Universo, o país inteiro comemorou”, aponta ele, citando o país latino que mesmo sem tradição no mundo miss, conseguiu comemorar uma vitória importante em um segmento mundial, o que não ocorreu, por exemplo, quando o Brasil venceu o Miss Grand International, considerado um dos principais concursos do mundo, apesar de ter surgido em 2013, com a paulista Isabella Menin, em 2022.


No Miss Universo Brasil (MUB), os apoios e patrocínios podem ser feitos de forma separada entre os estados, mas tudo precisa ser aprovado: “Os estaduais são sub franqueados nossos, então temos os contratos com cada franqueado de cada estado do Brasil. Eles têm uma certa autonomia para fecharem os apoios e patrocínios para o certame regional. Claro, tudo isso é muito bem comunicado, precisa tudo ser passado pela organização nacional por uma questão de cuidado e conflitos se interesse, tudo é muito bem conversado. Por exemplo, bancada de júri, patrocinadores, apoios, números de candidatas, eles têm autonomia. É difícil o nacional barrar alguma coisa, por exemplo, a não ser que efetivamente tenha um conflito direto de interesse”, explica Aretha Procópio, atual coordenadora nacional do MUB.


“Para o nacional, existe um setor comercial no Miss Brasil que cuida de toda essa parte de captação de patrocínio e também de apoios. Em termos de apoio, normalmente os contratos vêm mais internos do que de via comercial. Temos alguns de longa data que muitas vezes trabalhamos como permuta, mas também tem a parte comercial que faz o papel de captar patrocinadores para que o evento aconteça”, declara.



Maria Brechane, recebendo a faixa de Miss Brasil 2023. Créditos: Reprodução

Já o contrato com a miss eleita possui restrições: “Nosso contrato com a Miss Brasil é bem restrito. Temos a detenção de todo o uso da imagem da Miss Brasil daquele ano. Todas as questões de apoio, patrocínio e parceria que a miss tenha antes de ganhar o Miss Brasil, eles automaticamente são cancelados, uma vez que ela é coroada. Tudo fica sob nossa responsabilidade. Os contratos são feitos, no caso de publicidade, a gente tem os contratos com nossos patrocinadores, mas os novos possíveis contratos com a Miss Brasil são negociados por nós e funciona como uma agência essa parte de publicidade. O formato é o normal do mercado, 80% da MUB e 20% da organização. Em todos os contratos até hoje foram assim”.


Raissa Santana lembra bem sobre a limitação de contrato, o que a fez, inclusive, a perder outros trabalhos, principalmente os voltados à beleza e cabelo, porque eram concorrentes da empresa responsável pelo Miss Brasil: "Antes do Miss Universo eu não fiz muitos trabalhos. Eles vieram depois quando eu voltei e eu desfilei no Carnaval. Começou uma agenda mais corrida em relação ao trabalho. Além disso, tinha uma questão contratual, porque eu não podia fazer alguns trabalhos. Na verdade eu perdi muitos trabalhos porque eu tinha um contrato com a Polishop".


Apesar disso, ela reconhece os louros de quando participou: “Eu participei de um ano muito bom. A Polishop entrou e investiu muito dinheiro. O concurso tinha uma estrutura surreal, muita mídia, teve um investimento muito alto".



 
 
 

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